MOVIES {1974/1975/1976}

by STANLEY23KUBRICK | created - 12 Apr 2021 | updated - 20 Jun 2021 | Public
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1. Wrong Move (1975)

Not Rated | 103 min | Drama

A writer goes on a road trip across West Germany with a group of eclectic people he meets along the way.

Director: Wim Wenders | Stars: Rüdiger Vogler, Hanna Schygulla, Hans Christian Blech, Nastassja Kinski

Votes: 3,907

[Mov 09 IMDB 6,5/10] {Video/@@@@@}

MOVIMENTO EM FALSO

(Falsche Bewegung, 1975)


TAG WIM WENDERS

{inteligente}


Sinopse ''Baseado em Goethe, o filme descreve seis dias na vida de Wilhelm. No vagão de um trem ele encontra desde um atleta que participou das Olimpíadas de 1936, uma atriz, até interromper o suicídio de um passageiro. Estréia no cinema de Nastassja Kinski.''


"Inferior a Alice nas Cidades, mas uma amostra da sensibilidade e domínio de Wenders sobre temas complexos. Seus personagens principais costumam seguir a estrada fugindo da solidão, mas rumam à uma inevitável e dolorosa colisão com o seu interior." (Heitor Romero)

"Movimento em Falso" é um filme (usando um eufemismo) estranho, é atípico até mesmo para os padrões de Wim Wenders, baseado em um romance de Goethe, não apresenta nenhuma vinculo com linha narrativa. Tudo acontece da maneira mais absurda possível, personagens e figurantes se encontram do nada e começam a andar juntos e filosofar e no geral é um filme que começa em lugar nenhum e tampouco chega a alguma conclusão. Realizado entre os road-movies Alice Nas Cidades e No Decurso de Tempo, "Movimento em Falso" também pode ser considerado filme de estrada pois mesmo que não aconteça muitas viagens de carro, na maior parte do tempo os personagens estão em um trem ou andando a pé. É difícil captar tudo que é discutido no filme, para isso seria necessário assistir bem mais do que uma vez, é tudo muito subjetivo mas são visíveis alguns do temas recorrentes do diretor, como a desorientação e a solidão. Alguns outros temas que são abordados de forma bem interessante, são o estado moral da Alemanha pós-Hitler (Wenders cresceu nessa época) e a questão do bloqueio artístico. Se as situações são absurdas, os personagens não, cada uma daquelas figuras apresentam conflitos verdadeiramente reais, Wenders faz aqui não um estudo de personagem, mas sim uma analise do ser-humano muito complexa e tocante que dispensa superficialismos para focar somente nas profundezas da mente do homem. Wilhelm é um aspirante a escritor que decide deixar a casa de sua mãe para viajar pela Alemanha atrás de inspiração literária, no meio do caminho em uma viagem de trem, conhece um velho sobrevivente do partido nazista chamado Laertes e sua jovem companheira muda e artista de rua Mignon (Nastassja Kinski em seu primeiro papel no cinema) que andam vagueando por aí vivendo de mendicância e das apresentações da menina. Ao longo da viagem Wilhelm ainda conhece Therese uma atriz desiludida e Bernhard Landau um poeta austríaco também perdido com os quais compartilha de seus conflitos, a solidão com Therese e a incapacidade de escrever seus livros com Bernhard. De todos os personagens, o mais interessante é mesmo o velho ex-nazista Laertes, nesse ponto o filme é muito inteligente ao discutir a guerra e suas posteriores consequências ao povo alemão sem precisar mostrar sequer uma arma ou cena de combate. Em uma cena, a melhor do filme por sinal, Wilhelm tenta matar Laertes mas não consegue e o deixa ir embora, ou seja, Laertes representa a sombra de uma geração passada que por mais que a geração atual queira apagar, ainda vai estar ali a margem da sociedade incomodando. O fato de ele ser um mendigo reforça ainda mais toda essa interpretação. Fica aí uma pequena semelhança ao filme de Michael Haneke A Fica Branca que no caso debate os porquês e motivos da geração de Laertes e Hitler. São filmes com abordagens diferentes mas que se completam no sentido de um ser sobre o antes do nazismo e outro sobre o depois. É claro que o estilo de Wim Wenders está presente em cada quadro (a fotografia e a trilha sonora são lindas como sempres), mas é com certeza um filme bem diferente dos seus mais famosos como Asas do Desejo e Paris, Texas. Pode ser considerado chato ou arrastado por alguns pois sua a ação é nula e de fato, ''Movimento em Falso'' é aconselhável somente àqueles que gostam de mergulhar em dramas psicologicos de filmes ditos cabeça." (Blog)

Albatros Produktion Solaris Film Westdeutscher Rundfunk

Diretor: Wim Wenders

2.801 users / 2.788 face

Check-Ins 13 Movies {1974/1975*/1976}

Date 06/06/2012 Poster - #

2. Barry Lyndon (1975)

PG | 185 min | Adventure, Drama, War

89 Metascore

An Irish rogue wins the heart of a rich widow and assumes her dead husband's aristocratic position in 18th-century England.

Director: Stanley Kubrick | Stars: Ryan O'Neal, Marisa Berenson, Patrick Magee, Hardy Krüger

Votes: 183,202

Mov 10 Fav IMDB 8,1/10] {Video/@@@@@} M/89

BARRY LYNDON

(Barry Lyndon, 1975)
Obra Prima

TAG STANLEY KUBRICK

{inesquecível / grandioso}

Sinopse ''No século XVIII, em uma pequena vila na Irlanda, Redmond Barry (Ryan O'Neal) é um jovem fazendeiro apaixonado por sua prima Nora Brady (Gay Hamilton). Quando Nora fica noiva do capitão britânico John Quin (Leonard Rossiter), Barry o desafia para um duelo de pistolas. Ele vence e foge para Dublin, mas é assaltado na estrada. Sem alternativa, Barry se junta ao Exército Britânico para lutar na Guerra dos Sete Anos. Ele deserta e é forçado a se juntar ao exército prussiano, onde salva a vida de seu capitão e se torna seu protegido e espião do jogador irlandês Chevalier de Balibari (Patrick Magee). Ele ajuda Chevalier e se torna seu sócio até que ele decida se casar com a rica Lady Lyndon (Marisa Berenson). Eles se mudam para a Inglaterra e Barry, em sua obsessão de nobreza, dissipa sua fortuna e torna-se um inimigo perigoso e vingativo.- Claudio Carvalho''

''Nunca, no cinema, a questão do alpinismo social foi trabalhada de forma tão sarcástica e fatalista. É um prazer quase que perverso ver e rever as luzes frias e os movimentos de câmera engolindo o jovem inocente e cuspindo um autômato desumano de volta.'' (Bernardo D.I. Brum )

"Kubrick sempre me pareceu um diretor excessivamente frio e cerebral, o que me afasta de alguns de seus filmes. É o que acontece em 'Barry Lyndon': perfeito do ponto de vista técnico, mas - ao menos para mim - gelado na condução da história." (Régis Trigo )

''A história e os personagens são interessantes o suficiente para manter a atenção, mas jamais se tornam algo diferenciado. A genialidade aqui fica por conta da técnica de Kubrick, que cria um filme visualmente belíssimo, com uma cena mais linda que outra.''(Silvio Pilau )

***** ''Há filmes que, quando vê, o espectador tem vontade de fazer igual, isto é, fazer filme. Há outros que, ao contrário, inibem, desanimam. Dessa segunda categoria, costumam fazer parte os longas do diretor Stanley Kubrick, como "Barry Lyndon". São empreitadas ambiciosas pelo lado intelectual e enormes pelo material. Aqui, o relato das aventuras do malandro Barry Lyndon vem guarnecido do uso audaz do steady cam acompanhando o avanço de um exército com a câmera junto a um terreno irregular e sem trepidações. Mais espetacular ainda é o uso de lentes especiais para que o filme pudesse ser iluminado à luz de velas. Mais espetacular ou mais maneirista? De todo modo, Stanley Kubrick, às vezes, nos afasta um pouco de seu objeto, como se entre ele e nós se interpusesse a arte.'' (* Inácio Araujo *)

''Quando Barry Lyndon foi lançado, no final de 1975, ele teve uma recepção morna, especialmente nos Estados Unidos, desapontando a Warner Bros. Sua carreira cinematográfica foi um pouco melhor na Europa, mas não tanto assim. Esse fator, juntamente com a duração de pouco mais de três horas com uma lenta cadência, normalmente fazem com que esse filme seja esquecido dentre as grandes obras de Stanley Kubrick. No entanto, esse é um erro que precisa ser reparado: Barry Lyndon é uma obra-prima, mais uma desse grande diretor. Mais uma vez fracassando em sua tentativa de filmar a biografia de Napoleão Bonaparte, Kubrick usou sua extensa pesquisa histórica na adaptação do romance serial The Luck of Barry (depois relançado como The Memoirs of Barry Lyndon, Esq.) de William Makepeace Thackeray, publicado pela primeira vez em 1844, uma saga contando a ascensão e queda de um irlandês fictício chamado Redmond Barry. Kubrick famosamente já tinha sua completíssima bíblia de pré-produção para Napoleão (hoje disponível em forma de um magnífico livro da Taschen) e, imbuído desse espírito e usando de técnicas incríveis para capturar a atmosfera da Europa no século XVIII, ele criou um épico inesquecível, que fisga o espectador desde o primeiro segundo, ainda que o destino do protagonista seja claramente visível no horizonte. Mas é a jornada que interessa, não é mesmo? E que jornada! Redmond Barry (Ryan O’Neal), privado de seu amor adolescente, sua prima Nora Brady (Gay Hamilton), tem que fugir para longe de sua vila natal e os eventos acabam fazendo com que ele se aliste no exército britânico que luta a Guerra dos Sete Anos, deserde, seja recrutado a força pelo exército prussiano, deserde novamente e, aos poucos, ele galga os degraus da nobreza. Todo o primeiro ato (o filme tem dois e um epílogo) que leva a exata metade da duração da película, vemos a transformação de Redmond Barry, o plebeu, em Barry Lyndon, o nobre (ou o quase-nobre, tecnicamente). Quando chega o intervalo, ele está em seu auge. O segundo ato, claro, é sua vertiginosa queda, basicamente causada por sua arrogância, violência e ganância. Sim, gostar de Redmond é absolutamente impossível. Ryan O’Neal, talvez em seu único papel de real relevo, consegue encarnar muito bem o jovem inocente que se transformar no nobre insensível. Ele é quase um vilão em sua própria história e é muito difícil simpatizar com ele mesmo quando as tragédias passam a se abater sobre ele. Sentimos simpatia por Lady Honoria Lyndon (Marisa Berenson), com quem se casa por dinheiro, conseguimos simpatizar pela raiva que o filho dela (Lorde Bullingdon, vivido por Leon Vitali, quando mais velho) sente por Redmond e sofremos tremendamente pelo destino do filho de Redmond com Honoria. Mas não conseguimos torcer por Redmond. E Kubrick não tenta nos aproximar do protagonista como fez em Laranja Mecânica. O narrador, em Barry Lyndon, é um terceiro observador na história, observador esse que ão necessariamente podemos confiar e, junto com ele, passamos a passivamente caminhar pela vida de Redmond, vendo-o transformar-se completamente, trazendo tristeza e desgraça para todos em sua volta. Mesmo seus atos heroicos, como salvar a capitão prussiano Potzdorf (Hardy Krüger) tem motivos ulteriores, motivos esses que se resumem à sua necessidade de subir na vida a qualquer custo. Mas Kubrick, que também escreveu o roteiro, começa o filme como acaba, com um duelo e se, no primeiro duelo, vemos um Redmond movido por sentimentos verdadeiramente nobres, no último também vemos um vislumbre dessa mesma pessoa. É uma espécie de redenção em termos, um momento para nos dar esperança. Mas o grande triunfo de Barry Lyndon vai além de sua inebriante história de ascensão e queda. Filmado quase que inteiramente em locação na Irlanda – tanto exteriores quanto interiores – a película é um tour de force fantástico, que realmente faz o espectador mergulhar na ambientação do século XVIII como, arriscaria dizer, nenhum outro filme havia feito ou viria a fazer. Famosamente, Kubrick determinou, para desespero de seu diretor de fotografia John Alcott (que trabalhara em Laranja Mecânica e 2001), que, sempre que humanamente possível, a iluminação fosse 100% natural. Assim, na grande maioria das tomadas, a iluminação ou é gerada pelo sol ou por velas. Nas tomadas exteriores, durante o dia, o resultado é belíssimo, de uma naturalidade que é difícil de ver em épicos. As cores saltam aos olhos e as tomadas em plano geral são de uma perfeição técnica e simetria sem par. Reparem na composição das sequências, com a obsessão de Kubrick por paralelismos. Normalmente, o lado esquerdo da tela emula o direito e vice-versa, mas aqui o diretor consegue ir mais além ainda, quebrando o paralelismo absoluto com pequenos desvios, pequenos desequilíbrios do mis en scène. Mas são as cenas de interiores que realmente tiram Barry Lyndon do lugar comum. Sem luz artificial, Alcott teve que se virar com a claridade entrando pela janela, frestas aqui e ali e muito contra-luz. E, se tirar um foto de um ambiente iluminado com velas é um trabalho hercúleo, imagine fazer o mesmo com uma câmera de filmar, para se alcançar um resultado aceitável. E o uso de velas permeia todo o filme e isso funciona não só para envolver o espectador na vida do século XVIII como, também, para criar imagens amareladas irretocáveis, além de sombras fantasmagóricas, talvez um prenúncio do destino dos personagens. Cada sequência parece ser tirada de pinturas clássicas, como as de William Hogarth, tamanha é a precisão do trabalho de Kubrick e Alcott. O uso do som diegético também é fundamental para esse envolvimento e Kubrick faz questão de nos deixar ouvir passos pisando na grama, cascos de cavalo tocando o solo e o arrulhar de pombos na lenta, mas envolvente cena de ação final dentro de um enorme celeiro. E, em cima disso tudo, Kubrick ainda se esmera na escolha de uma trilha sonora clássica – Bach, Vivaldi, Mozart, Schubert e especialmente Sarabande, de Handel – que acompanha a progressão e regressão da complicada vida do protagonista. É difícil escolher o melhor filme desse fantástico diretor, mas Barry Lyndon talvez seja o verdadeiro ponto alto de sua carreira. A afirmação é polêmica, eu sei, especialmente diante de sua curta, mas quase irretocável filmografia. No entanto, se o leitor der uma chance a esse filme, que exige paciência e calma, tenho certeza que, se ele já não está dentre os maiores em sua lista, subirá algumas colocações.'' (Ritter Fan)

48*1976 Oscar / 33*1976 Globo / 1976 César

Top 300#197

Top 300#106 (Cyneplayers)

Peregrine Hawk Films Warner Bros

Diretor: Stanley Kubrick

152.121 users / 150.325 face

Check-Ins 01 21 Metacritic 2.069 Down 269 Movies {1974/1975*/76} Date 12/02/2011 Poster - ##########



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