Um vulgo machão entendido de futebol e mecânica acha que gays são aberrações da natureza até que ele entra em um armário metafísico e quando sai do armário ele não está como entrou.
De certa forma lembra até "Se eu fosse você", mas aqui temos um machão que à noite vira mona e só volta "ao normal" no dia seguinte. Aqui ele passa a ser estranhado pelos amigos também preconceituosos pela forma que ele age mais "afeminada", assim conseguindo se aproximar de sua paixão da juventude que o via apenas como um brutamontes homofóbico.
Vemos também que o protagonista vem de uma família em que seu pai era bem preconceituoso e, talvez, tenha influenciado que ele reprimisse seus sentimentos e se tornasse mais um machão.
Temos também momentos de agressões gratuitas sofridas pelos gays, o que representa bem a realidade de muitos deles materializando melhor o tipo de ofensa que eles já sofreram ao menos uma vez na vida.
No fim, Carlão "perde" seu alterego e este deixa um recado dizendo "eu sou você e você sou eu", seguido por uma cena em que vemos Carlão de drag dançando a "I Will Survive". Este é o ponto em que o filme me deixou chateado, por que Carlão depois do que aconteceu deveria virar drag e entrar nas discussões de "não se encaixar nos padrões dos moldes binários de gênero"? Talvez o fim clichê em que Carlão "volta" a ser hetero fosse o melhor, mostrando que você não precisa fazer parte de um outro mundo para aceitar aquelas pessoas, Carlão viu como era ser gay, tanto pelo lado bom, quanto pelo ruim, agora ele poderia aceitar mesmo sendo diferente deles, mas não é essa a mensagem que o filme passa no fim. Carlão poderia continuar sendo hetero e ter aprendido a respeitar os outros, mas ele teve que quebrar esta concepção própria, por quê? O filme parece confundir a noção de ser hétero com ser homofóbico, Carlão poderia ter deixado de ser homofóbico e continuado hétero.
De certa forma lembra até "Se eu fosse você", mas aqui temos um machão que à noite vira mona e só volta "ao normal" no dia seguinte. Aqui ele passa a ser estranhado pelos amigos também preconceituosos pela forma que ele age mais "afeminada", assim conseguindo se aproximar de sua paixão da juventude que o via apenas como um brutamontes homofóbico.
Vemos também que o protagonista vem de uma família em que seu pai era bem preconceituoso e, talvez, tenha influenciado que ele reprimisse seus sentimentos e se tornasse mais um machão.
Temos também momentos de agressões gratuitas sofridas pelos gays, o que representa bem a realidade de muitos deles materializando melhor o tipo de ofensa que eles já sofreram ao menos uma vez na vida.
No fim, Carlão "perde" seu alterego e este deixa um recado dizendo "eu sou você e você sou eu", seguido por uma cena em que vemos Carlão de drag dançando a "I Will Survive". Este é o ponto em que o filme me deixou chateado, por que Carlão depois do que aconteceu deveria virar drag e entrar nas discussões de "não se encaixar nos padrões dos moldes binários de gênero"? Talvez o fim clichê em que Carlão "volta" a ser hetero fosse o melhor, mostrando que você não precisa fazer parte de um outro mundo para aceitar aquelas pessoas, Carlão viu como era ser gay, tanto pelo lado bom, quanto pelo ruim, agora ele poderia aceitar mesmo sendo diferente deles, mas não é essa a mensagem que o filme passa no fim. Carlão poderia continuar sendo hetero e ter aprendido a respeitar os outros, mas ele teve que quebrar esta concepção própria, por quê? O filme parece confundir a noção de ser hétero com ser homofóbico, Carlão poderia ter deixado de ser homofóbico e continuado hétero.